O Papa Francisco afirmou sábado aos peregrinos do movimento de Schöenstatt que se deslocaram ao Vaticano para comemorar os 100 anos da fundação do movimento que «a família cristã e o sacramento do matrimónio nunca foram tão atacados como agora, direta ou indiretamente», em virtude da cultura contemporânea da «cultura do deitar fora», ou relativismo. «Não se pode reduzir o sacramento do matrimónio a um rito social. O casamento é para sempre», lembrou, ressalvando «que na sociedade, hoje, é comum a cultura do provisório».
Neste âmbito, Francisco falou
sobre a importância da preparação para o matrimónio, e, ao contrário dos bispos
que, reunidos em Sínodo, afirmaram não ser conveniente «complicar os ciclos de
formação», o Papa referiu que «a primeira coisa é não confundir casamento com
festa, simplificando assim o rito». «Fazer o curso de preparação ao sacramento
com duas aulas é um nosso pecado de omissão», completou o Santo Padre.
Neste sentido, Francisco afirmou
ainda aos 7 mil peregrinos presentes na sala Paulo VI no Vaticano que a missão
da Igreja é ajudar «corpo a corpo», não fazendo «proselitismo», mas
acompanhando. «A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração», disse,
citando Bento XVI.
Questionado sobre
o casamento e que conselho
ele pode oferecer para aqueles que não se sentem bem-vindos na Igreja, o Papa Francisco destacou a necessidade dos sacerdotes ficarem perto de cada uma das ovelhas do seu rebanho «sem se escandalizarem com
o que acontece dentro da família».
Francisco contou que um bispo, durante o recente Sínodo sobre a família, perguntou se os padres estão conscientes do que as crianças sentem e os
danos psicológicos causados quando os seus pais se separam, observando ainda como,
por vezes, o pai que se está a separar
permanece a viver em casa a tempo parcial com as crianças, no que ele
descreveu como uma «nova e
totalmente destrutiva» forma de
coabitação.
Texto e foto: Ricardo Perna
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