Os trabalhos no Sínodo dos Bispos
desta manhã abriram com o testemunho de Hermelinda e Arturo, um casal
brasileiro responsável pelo Movimento das Equipas de Nossa Senhora no Brasil.
«A abertura dos cônjuges à vida» foi o tema desta manhã, e o casal trouxe um
testemunho não só da sua experiência enquanto casal, mas da experiência dos
casais que fazem parte do movimento das equipas de Nossa Senhora no Brasil, e deixaram críticas não aos princípios defendidos pela Humanae Vitae, mas à sua aplicação prática, afirmando que é possível aplicar os princípios «orientados à transmissão da vida e ao serviço do amor conjugal» utilizando outros métodos que não os naturais.
O casal veio, assim, contradizer o que o cardeal André Vingt-Trois havia proferido momentos antes, na abertura dos trabalhos. O cardeal-arcebispo de Paris, D. André Vingt-Trois, lamentou que muitos casais católicos tenham perdido a noção de «pecado» no uso de contracetivos, rejeitados pelo magistério da Igreja.«Há casais que muitas vezes não julgam que o uso de métodos anticoncetivos seja um pecado e, como tal, tendem a não fazer disso uma matéria de Confissão e assim receber a Comunhão sem problemas», declarou o presidente da Conferência Episcopal Francesa, introduzindo a congregação geral desta manhã. «Muitos são os que têm dificuldade em compreender a diferença entre os métodos naturais de regulação da fertilidade e a contraceção», sustentou o cardeal Vingt-Trois, um dos três presidentes-delegados desta assembleia sinodal.
O casal veio, assim, contradizer o que o cardeal André Vingt-Trois havia proferido momentos antes, na abertura dos trabalhos. O cardeal-arcebispo de Paris, D. André Vingt-Trois, lamentou que muitos casais católicos tenham perdido a noção de «pecado» no uso de contracetivos, rejeitados pelo magistério da Igreja.«Há casais que muitas vezes não julgam que o uso de métodos anticoncetivos seja um pecado e, como tal, tendem a não fazer disso uma matéria de Confissão e assim receber a Comunhão sem problemas», declarou o presidente da Conferência Episcopal Francesa, introduzindo a congregação geral desta manhã. «Muitos são os que têm dificuldade em compreender a diferença entre os métodos naturais de regulação da fertilidade e a contraceção», sustentou o cardeal Vingt-Trois, um dos três presidentes-delegados desta assembleia sinodal.
Na sua intervenção, o casal brasileiro começou por elogiar o «ato
sexual», «querido e abençoado por Deus», e defendeu que «o
prazer que dele decorre contribui para a alegria de viver e para a estruturação
sadia da personalidade». «Os casais que fazem amor são os que expressam com o
corpo o que lhes vai ao coração. Para chegar à harmonia, é preciso saber
cultivar o desejo e até mesmo um erotismo sadio. É preciso continuar
apaixonados e estar atentos um ao outro», defenderam Hermelinda e Arturo.
Ambos falaram da necessidade dos
casais «quererem espaçar o nascimento dos filhos» e da opção não só pelos
métodos naturais preconizados pela Igreja que muitos casais tomam. Temos de
admitir sem medo que muitos casais católicos, mesmo os que procuram viver
seriamente o seu matrimónio, não se sentem obrigados a usar apenas os métodos
naturais», afirmou o casal, que adiantou que, «geralmente, não são questionados
pelos confessores» sobres esta matéria.
O casal afirma que, apesar de os
casais estarem «abertos à vida e rejeitarem o aborto», não percebem «nas
pregações e atendimentos espirituais» dos sacerdotes a «insistência na doutrina
da Humanae Vitae». Consideram, para além disso, que, «na cultura atual», os
métodos naturais «carecem de praticidade». «Casais, principalmente jovens,
vivem um ritmo de vida que não lhes permite praticar esses métodos, uma vez que
exigem tempo para treino, e tempo é produto raro no mundo em que vivemos. E o
pior: por ser superficialmente explicado e, por isso mesmo, mal utilizado, o
método natural ganha a fama injusta de ser inseguro e assim muitas vezes
ineficiente. Portanto, mais uma vez com sinceridade admitimos que não é seguido
pela maioria dos casais católicos», referiu o casal aos bispos presentes na aula
sinodal.
Por estas razões, os casais com
os quais trabalham, «na sua maioria, não descartam o uso de outros métodos
contracetivos» e não os consideram «um problema moral», até porque as relações
continuam a ser «orientadas à transmissão da vida» e «ao serviço do amor
conjugal». Por isso, o casal pediu aos bispos que se apressem «em dar aos
padres e aos fiéis as grandes linhas de uma pedagogia pastoral que ajude a
adotar e a observar os princípios acordados pela Humanae Vitae». «Se pelo menos
os casais encontrassem luz e suporte junto ao clero já seria um grande alento!
Muitas vezes os conselhos contraditórios só agravam sua confusão», observou o
casal no final da sua intervenção.
Pode continuar a acompanhar todos
os trabalhos do Sínodo em www.sinododafamilia.familiacrista.com
Texto: Ricardo Perna
Foto. News.va
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