A oração desta manhã no Sínodo
dos Bispos foi presidida pela Arcebispo de Glasgow, Escócia, Cardeal Philip
Tartaglia. O ponto de partida foi a leitura da carta de S. Paulo aos Coríntios
sobre o amor, uma leitura muito usada nas cerimónias de matrimónio na igreja.
«Enquanto se preparam para o casamento, muitos esposos olham para esta leitura
e pensam “Isto é tão lindo. Eu quero que o meu amor, o nosso amor, seja assim,
paciente, bom, confiante, duradouro, leal e que dura para sempre”. E quando o
marido e a mulher são felizes juntos, este amor expande-se de dois para três,
quatro ou cinco pessoas», disse o arcebispo.
O problema é se a família entrar
em rutura. «Quando a família falha, o amor é a primeira baixa. O amor que serviu
de cola entre os esposos transforma-se rapidamente em ódio, e a comunhão de
vida passa a ter uma lógica de divisão. Para estes casos, a Igreja tem de saber
falar-lhes as palavras de S. Paulo de um amor que perdoa e desculpa com
compaixão, curando e ajudando a levantar de novo», defendeu o Cardeal Tartaglia.
No entanto, nem sempre é possível
remendar os estragos feitos na relação, admite o arcebispo, que avisa que as
palavras de S. Paulo devem levar a Igreja a «ter compaixão pela dor e laceração
dos corações apanhados em separações, traições e divórcios». Ao mesmo tempo que
a Igreja precisa de encontrar «uma forma de fazer vingar o propósito santo de
Deus em relação ao matrimónio», também tem de apoiar «aqueles cujo propósito se
tornou impossível de alcançar». «Em tempos de infortúnio, as pessoas viram-se
instintivamente para a Igreja procurando esperança e consolação. Não podemos
falhar-lhes», concluiu o arcebispo de Glasgow.
Pode acompanhar os trabalhos do
Sínodo da Família no site www.sinododafamilia.familiacrista.com.
Esta manhã os bispos discutirão a pastoral familiar e as crises que as famílias
enfrentam nos dias de hoje.
Texto: Ricardo Perna
Foto: News.va
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